quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Wallpaper: Mercedes-Benz W165

Para a sessão papel de parede, um carro especial. Trata-se de um carro da categoria Grand Prix, reconhecida como antecessora da Fórmula 1. Trata-se do Mercedes-Benz W165 V8 1.5 supercharged (pode parecer estranho frente a atual nomenclatura, "kompressor", mas achei apenas essa referência). Foi pilotado por Hermann Lang e Rudi Caracciola, no Grand Prix de Tripoli, em 1939. Lang saltou de 2º no grid para 1º ainda na largada venceu e seu companheiro, Caracciola, que largou em 3º, chegou em 2º.


O W165 no Museu da Mercedes-Benz (clique na figura para ampliar tamanho wallpaper)


Cabe contar que a série Grand Prix, na temporada de 1939, era disputada por bólidos com dois tipos de motores, até 3.0 com compressor ou 4.5 aspirado. A Mercedes e a Auto Union dominavam a categoria. A Líbia na época era colônia italiana, e o então presidente Benito Mussolini resolveu tentar facilitar para as equipes italianas, que dominavam a categoria Voiturette, que usava motores 1.5 com compressor, e condicionou a participação dos carros com motores com essa especificação. Só não imaginava que a Mercedes desenvolveria, após a divulgação da regra, em apenas 7 meses, um novo modelo, o W165, cujo motor 1.5 V8 supercharged desenvolvia 254 hp e atingia 240 km/h. A Mercedes usada na corrida do ano anterior, (W154) com motor 3.0 V12 com compressor, tinha mais de 500 hp e atingia 290 km/h nessa pista.

Largada para o GP de Trípoli (clique na foto para ampliar tamanho wallpaper)


Interessante que depois da vitória nessa corrida, o W165 foi levado de volta à sede da Mercedes-Benz e nunca mais correu. A fábrica alemã queria apenas provar sua capacidade de superar desafios (além do evidente interesse no prêmio da corrida ser de 60 mil libras, uma fortuna na época, que envolvia uma loteria vinculada ao piloto vencedor). Foram feitos dois carros, sendo que o primeiro foi testado apenas um dia em Hockenheim, 3 dias antes da corrida, e o segundo (o vencedor) estreou apenas nos treinos oficiais da corrida. Depois, durante a II Guerra Mundial, secretamente, os carros foram levados para a Suíça, onde foram confiscados depois de encerrado o conflito. Hoje descansam no Museu da Mercedes-Benz.

Bilhete de loteria do GP de Trípoli

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