quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Mercedes-Benz Classe A F-Cell (2002-2009)


Eu tinha criado para mim mesmo uma regra que iria postar alternadamente aos posts do ENG X. Mas ele anda muito atarefado na sua vida particular, e, entendendo interessante dar continuidade, lá vou eu novamente...


A idéia do Classe A EV elétrico em princípio seguia de vento em popa, mas em 2002 a Mercedes resolveu dar uma guinada nas pesquisas de combustíveis alternativos. Isso em parte se explica pelo fato da energia elétrica em muitos países ser originária de usinas termoelétricas ou nucleares, que também emitem poluentes e, particularmente às últimas, exigem grande trabalho em relação ao lixo nuclear. Também se discute, em relação aos carros elétricos, a destinação de baterias, entre outros problemas. Eis que então é apresentado o projeto da Classe A elétrica movida a célula de combustível, utilizando a versão européia de chassi longo. Aqui está o raio-x da máquina:


Em uma explicação bem simples, o carro é abastecido com hidrogênio, que fica armazenado à pressão de 5000psi, ou cerca de 340 vezes a pressão atmosférica ao nível do mar. O reservatório de hidrogênio alimenta uma célula de combustível que produz eletricidade, e emite apenas vapor d'água ao fim da reação. A energia elétrica gerada, por sua vez, alimenta um motor elétrico 65kW (88cv). Não é necessário, dessa forma, armazenar a energia elétrica em baterias, como no modelo anterior. O carro acelera de 0 a 100 km/h em 16 segundos, sendo a velocidade máxima de 140km/h. Foram produzidas cerca de 60 unidades, sendo testadas pela própria fábrica e diversos órgãos públicos, ou ainda empresas cooperadas, a partir de 2003. O maior porém disso tudo é, obviamente, a estrutura de abastecimento com hidrogênio, que ainda não existe.


Estudos californianos, que são sempre os mais entusiasmados em relação às emissões de poluentes veiculares, estimam em 2,8 milhões de dólares o custo do maquinário necessário para se montar um posto, fora o terreno, e por lá esperam que os automóveis com propulsão a célula de combustível sejam realidade entre 2012 e 2015. Veremos. Em 2007, foi apresentada outra versão, chamassa A-Class F-Cell Plus, com o hidrogênio armazenado com o dobro da pressão, que atinge autonomia de 270 km, e diminuiu 2 segundos na aceleração 0-100 km/h, com o aumento de potência para 80kw/108cv.O Classe A foi aposentado oficialmente no programa F-Cell em maio de 2009, sendo lançado o Classe B F-Cell, com autonomia estimada para 400 km.

2 comentários:

ENG X disse...

ParaBENZ pela postagem, realmente está muito conturbada minha vida atualmente, porem farei ao máximo para não deixar o blog orfao..hehehe

Abraçao a todos

Cristiano disse...

Obrigado. Ah, e sinta-se em casa, faça de conta que o Blog é seu... hehehehe