quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Concessionária de pedágio é condenada - pedestre caiu em um buraco

Saiu recentemente uma decisão onde uma concessionária de pedágio foi condenada pelo fato de um pedestre ter caído em um buraco numa via local de acesso à rodovia, que seria também de responsabilidade da empresa. Fonte: Informe OAB Londrina

A Concer, concessionária que administra a rodovia Rio-Juiz de Fora, terá que pagar R$ 80 mil de indenização, por danos morais, a um idoso que caiu em uma cratera em local de responsabilidade da empresa. A decisão é da 10ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio.

José Paulino, que à época do acidente tinha 74 anos, passava a pé pelo acesso chamado "Ponte do Canedo", em dezembro de 2003, quando caiu em um buraco e lá permaneceu por quase 10 horas até ser socorrido. Conforme consta do laudo de um perito, é clara a relação de causa e efeito entre o acidente e as seqüelas apresentadas pelo idoso: "Pode-se afirmar que a queda, o traumatismo craniano, a demora no atendimento e o stress de ficar preso à noite em um buraco, gritando sem ser atendido, foram fundamentais e definitivos nos problemas do paciente, sendo também a possibilidade do início da doença de Parkinson".

O desembargador revisor do recurso, Gilberto Dutra, manteve a decisão de 1ª instância e negou a apelação da empresa. Entendeu que é dever da concessionária monitorar, melhorar e conservar a rodovia e seus respectivos acessos: "Competia à ré efetuar a manutenção da via, ainda que não utilizada por veículos. Ao permitir que os pedestres utilizassem a via, uma trilha de terra batida, sem escada e iluminação como retratada nas imagens de satélite, assumiu os riscos pelos acidentes, até porque mesmo após o fato narrado nos autos não efetuou inclusive o isolamento do buraco onde caiu o autor".

Processo nº 200800148612

Fonte: TJ/RJ

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

A volta de Schumacher - final (atualizado em 27 e 29.01.2010)

Ontem (25/10/2010), a Mercedes-Benz fez a apresentação oficial da equipe Mercedes GP, no seu museu em Stuttgart. Mas que ninguém se engane, esse carro aí é o Brawn do ano passado com a nova pintura, que ironicamente era o projeto 2009 da Honda. O novo carro vai estrear direto na pista, nos testes coletivos da semana que vem.

Sobre os meus comentários anteriores:
Quanto a pintura do carro, acabou confirmada a foto "vazada" dias atrás, apenas com algumas pequenas alterações. Bem da verdade, esperaria algo diferente, mas vejo que melhorou, embora o aspecto McLaren com detalhes verdes tenha se mantido. (atualizando: e a McLaren disse que vai manter as cores). A a inscrição da Mercedes-Benz na cobertura do motor teve um afilamento no sentido da traseira do carro, sendo que era quadrado, e sumiu o patrocínio Petronas Syntium que estava abaixo (atualizando: vi outras fotos e o patrocínio Petronas Syntium está lá sim, inclusive nas fotos dessa postagem). Teve também alterações na parte verde do aerofólio (que tinha toda a lâmina transversal verde) , das laterais e no bico. Também fizeram um arinho verde na roda, e uma faixa preta e amarela no retrovisor (será que é lembrança dos detalhes da Brawn?) Quero ver se a Bridgestone vai manter a linha verde para diferenciar os pneus duros e macios...

Interessante ainda que a grafia do número é ao estilo das Mercedes-Benz flecha de prata dos Grand Prix dos anos 1930 e da Fórmula 1 do anos 1950. E Schumacher pediu o nº 3, que já estava registrado na inscrição da a FIA para o Nico. Normalmente o número mais baixo é do primeiro piloto, embora não haja essa regra...Aliás, sobre o que falei do Nico Rosberg, percebe-se que ele já andou baixando a bola nas entrevistas dizendo que é bom ser companheiro do Schumacher, coisa e tal: “Agora, meu companheiro é o Schumacher, mas não tenho nada a perder contra ele. Estou em um time com o melhor piloto” e "(...) ter Michael como companheiro é ótimo. Será uma grande temporada."


Por fim, foram apresentados os capacetes. Do Nico, igual ao de sempre, apenas mudaram os patrocínios. Schumacher usará a versão igual ao que usou pela última vez na Ferrari, e tem usado nas suas apresentações por aí, já que nesses 3 anos de aposentadoria ele andou de tudo que se move, em qualquer oportunidade, em qualquer lugar. Espero que, com capacetes tão diferentes, a narração acerte quem é quem...
Atualizando 29.01.2010: A McLaren lançou o seu modelo 2010 hoje. O carro mantém as cores prata evermelho, mas com um tom diferente no prata, e capricharam no vermelho na dianteira. Espero que realmente não haja confusão nas transmissões. Nisso os capacetes vão ajudar, pois além dos mostrados acima, do Hamilton é amarelo escuro (inspirado no do Senna), e o do Button deve voltar a ter as cores da Grã-Bretanha, sendo que ano passado ele fez um com o mesmo grafismo, mas usando apenas amarelo fluorescente. Projeção da Mercedes com o capacete do Schumacher:


sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Mercedes-Benz HWA A32 Kompressor

A empresa HWA foi fundada em 1967 por Hans-Werner Aufrecht, o A dos criadores da AMG . Não sei exatamente a relação da empresa com a Mercedes, ela é equipe oficial de competição da marca em diversos campeonatos, como o DTM, desenvolve vários modelos baseados nos modelos de série da Mercedes, foi responsável pelo supercarro Mercedes-Benz CLK GTR. Já li se tratar de divisão da AMG, divisão da própria Mercedes ou empresa associada. Pode até realizar cada serviço desse de uma forma.
Felizmente o que menos importa, nesse caso, é a natureza jurídica da empresa. Ela que fez em 2002, o brinquedo aí: Mercedes-Benz HWA A32 Kompressor.

As fotos são escaneadas de uma revista em alemão que não consegui identificar. Em resumo, pegaram uma Classe A de chassi curto e adaptaram a mecânica da C32K AMG, com um motor 3.2 V6 com compressor, câmbio automático sequencial de 5 marchas e tração traseira. Como dito na legenda, acelera de 0-100 km/h em 5,1s.

O interior passou por adaptações, sendo que os instrumentos são da SLK, e o painel foi recuado em 7 cm para que coubesse o motor na curta dianteira da Classe A. Com as adaptações, o peso do carro passou para cerca de 1600 kg (!).

Imagine abrir o capô e ver o enorme motor (para o padrão da Classe A, bem entendido) entrando por baixo do parabrisas. Aparentemente mal couberam outros componentes, que devem estar espalhados sabe-se lá onde.

Além dos mencionados instrumentos da SLK, bancos esportivos e santo-antônio, como nos carros de corrida. Com o recuo do painel e bancos na dianteira, mais os tubos estruturais, acesso impossível na traseira. Como um verdadeiro esportivo, diga-se de passagem...

Mais especificações técnicas em um arquivo, em formato .pdf, clicando aqui, apenas em alemão, mas dá para ter uma ideia. O Portal Mercedes tem um excelente tópico sobre esse carrinho especialíssimo, que ao que consta foi uma edição de 10 unidades ao preço de 150 mil euros. A título de correção, a potência que eles comentam lá, de 275 cv, na verdade é 260Kw, que convertido em cv dá 354 cv. E a informação que li é que a mecânica é do C32k, não da SLK 32k, como dito lá, mas ao menos o motor é o mesmo em ambos.
Imagine a cena: você sendo ultrapassado numa estrada a alemã, sem limite de velocidade, por uma então pacata Classe A, a 250 km/h. Pra quem não conhecia esse bólido, surreal.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

A volta de Schumacher (uma análise atrasada) - parte II

O alemão já tinha se interessado em ocupar o lugar do Felipe Massa após o acidente, na Hungria mas problemas físicos oriundos de uma queda em uma corrida de moto o impediram de voltar. Depois, discretamente, se desligou do cargo de consultor da Ferrari. Ele também devia uma para a Mercedes, que cuidou da sua carreira antes da chegada na Fórmula 1. E nada como uma volta que tem tudo para ser triunfal, acompanhada de uma montanha de dinheiro.


Prata com verde. Será?

Contada a história, comento rapidamente:
1) Espero sinceramente que essa pintura da Mercedes GP, que parece a pintura da McLaren atual com detalhes verdes, não seja oficializada (outra foto, do post anterior, aqui);
2) Que a volta do Michael não traga a mala do Ralf de volta, que foi embora e ninguém sentiu falta, e agora está cotado na Toro Rosso ou Renault;
3) Para o Nico Rosberg creio que a coisa será complicada, ele sempre teve boas críticas, apesar dos resultados medianos. Creio que em 15 dias do anúncio do Schumacher, o Rosberg já deu mais entrevistas do que em toda a sua carreira até então. Agora diz que torcia contra o Schumacher, criticou algumas condutas antidesportivas dele, e que não será segundo piloto, como um outro conhecido piloto chorão. Ao meu ver, está falando demais. Vamos ver o que acontece;
4) A atual Mercedes GP, foi a aquisição da Brawn GP (2009). Essa, por sua vez nada mais foi que uma equipe que deu continuidade à equipe da Honda Racing F1 Team, (2006-2008) apenas adaptaram o motor Mercedes, o carro estava pronto, nada de equipe estreante. A Honda F1 tinha adquirido a BAR (1999-2005), que desde o seu segundo ano usava motores Honda, e que surgiu simplesmente da compra da Tyrrel, que disputou 430 corridas na Fórmula 1 entre 1970 e 1998, e que usou motores Honda em 1991;


Karl Wendlinger, Heinz-Harald Frentzen e Michael Schumacher - Mercedes Junior Team - 1990

5) Michael Schumacher teve sua carreira pré-F1 financiada pela Mercedes, num programa que incluía Heinz-Harald Frentzen e Karl Wendlinger. Sua chegada na categoria, na Jordan e depois Benetton, teve influência direta da Mercedes, e previa sua entrada posterior na Sauber. Porém, no meio do caminho, uma mudança de planos fez com que Schumacher jamais pudesse retribuir o investimento nele feito. Chegou a hora...

A volta de Schumacher (uma análise atrasada)

Férias + fim de ano em casa sem internet + preguiça de ir à lan house = quase um mês sem postagem.

Mas vamos ver agora se sai algo de produtivo. Resolvi comentar a notícia do ano da Mercedes nas competições. A volta do queixudo.


Há dias eu vinha acompanhando o noticiário da temporada de fofocas da Fórmula 1. Já há algum tempo a Mercedes e a McLaren viviam entre tapas e beijos. A McLaren Automotive passou a desenvolver seu carro de rua sozinha desde 2005 ou 2006, lançou o MP4-12C em setembro do ano passado, usando um motor próprio (que dizem, na verdade, ser terceirizado). No dia seguinte, a Mercedes lançou o SLS AMG. Ou seja, acabou-se o Mercedes SLR McLaren, que era feito na fábrica da McLaren, e as empresas tornaram-se concorrentes no mercado dos carros esportivos. A Mercedes, por sua vez, tendo apenas fornecido motores para a Brawn GP, sendo que a estrela sequer aparecia nos carros, desceu o dicionário de elogios à conquista dos títulos de pilotos e de construtores da Fórmula 1, enquanto sobrou para a parceira, onde bancava 40% do orçamento, fazer fundo nas fotos comemorativas, como nessa aqui, em que nem é mencionada. Pouco tempo depois, a Mercedes compra a Brawn GP, muda seu nome para Mercedes GP, se desfaz dos seus 40% da McLaren, e anuncia que apenas vai manter o fornecimento de motores. Depois são divulgadas as imagens de como serão os carros. Rosberg já estava anunciado há algum tempo, e, antes do Natal, é anunciada a volta do alemão, que discretamente já tinha se desligado do cargo de consultor da Ferrari cerca de um mês antes.



O patrocínio da Petronas, que é uma empresa petrolífera malaia, surgiu pouco antes, e já se comentava que era para ajudar a pagar a conta. Mas do resultado estético, nessa foto de divulgação, não gostei. Bem da verdade, estou curioso para ver o lançamento dos carros esse ano, que normalmente ocorre até o fim de janeiro, salvo algum atraso. Serão três equipes novas, mais a Mercedes GP, fora as eventuais mudanças de cores, como creio que acontecerá com a McLaren. Veremos.