Na segunda semana de janeiro, a Mercedes-Benz estava participando da Consumer Electronics Show (CES), feira realizada anualmente em Las Vegas, e o presidente Dieter Zetsche discursava na apresentação de um novo aplicativo, CarTogether,que ajuda a partilhar o carro entre pessoas que se deslocam para o mesmo destino. O tal aplicativo permite aos passageiros partilhar viagens, através do acesso a redes sociais, e ajuda assim a diminuir o trânsito e as emissões de dióxido de carbono. Ótima iniciativa. Mas acharam que o tal aplicativo era uma "revolução", então pegaram a tradicional imagem de Che Guevara, com a estrela da marca no lugar da estrela, e colocaram no telão da apresentação, acompanhado do jargão "viva la revolución".
Os refugiados cubanos nos Estados Unidos, lógico, não gostaram e prometem boicote aos produtos da marca. Quem o considera revolucionário, também não gostou da associação com a capitalista empresa. A Mercedes-Benz pediu desculpas:
“No seu discurso na CES, o Dr. Zetsche referiu-se à revolução no setor automotivo possibilitada pelas novas tecnologias, em particular as mudanças proporcionadas pela conectividade. Para ilustrar isso, a empresa usou brevemente uma imagem de Che Guevara (que foi uma das muitas imagens e vídeos da apresentação). A Daimler não apoia a vida ou as ações deste personagem histórico ou a filosofia política que defendia. Pedimos desculpa aos que se sentiram ofendidos".
Para completar a bobagem, a tradicional fotografia de Alberto Korda foi mais uma vez usada numa campanha sem autorização. Diana Díaz, filha de Korda, confirmou ao jornal El País não ter sido consultada pela Mercedes-Benz.
Um comentário:
Que furada da MERCEDES, hein? E essa deve ser a imagem mais pirateada do mundo.
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