Mercedes-Benz A38 Twin AMG

Meses atrás eu falei da Mercedes-Benz HWA A32 Kompressor, versão especial da Classe A, feita por uma empresa parceira da AMG, onde instalaram no carrinho a mecânica da C32 AMG Kompressor, sendo um motor V6 com compressor, tração traseira e câmbio sequencial de 5 marchas. Antes dela, contudo, houve outra especialíssima, a A38 Twin AMG.

Esta versão especial tem dois motores, um para a tração dianteira e outro para a traseira, tendo por isso tração integral. Os dois motores são as unidades de 4 cilindros, 1,9 litro e 125 cv usadas no A190 de série, e juntas somam a potência final a 250 cv. Para a divulgação foi usada a parceria da Mercedes-Benz com a McLaren, sendo que os pilotos Mika Hakkinen (foto abaixo, mostrando o motor traseiro) e David Coulthard ganharam uma unidade cada um, com decoração ao estilo do McLaren da época.

A aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 5,7 segundos e a velocidade máxima chega a 230 km/h. Para as situações em que não havia interesse em tanto desempenho, há o recurso de se utilizar só o motor dianteiro, mediante um comando no painel.

Os pneus são na medida 225/35, em rodas de aro 18. Os parachoques têm entradas de ar mais agressivas, havendo escapamento duplo na traseira. Evidentemente foram feitas as devidas adequações na suspensão e chassi. Consta ainda que os freios são os mesmos da E55 AMG da época. No interior, o acabamento combina couro vermelho com detalhes em alumínio polido, volante revestido em camurça e pedais esportivos. Uma unidade foi exposta no Salão do Automóvel de São Paulo na edição de 2000. Aquela ainda tinha o painel com fundo claro, como o usado posteriormente nos modelos de série. Não encontrei registro de que tenha sido comercializada.

Imagine o susto do cidadão sendo ultrapassado por uma supostamente pacata Classe A, em plena autobahn alemã, a mais de 200 km/h...

Slalom com o Classe A - 1997

Mais que famoso o malfado deste da dupla mudança de direção - o teste do alce - realizado pela imprensa sueca (Revista Teknikens Värld) e que levou a Mercedes-Benz a recolher as unidades então já vendidas (cerca de 2500), alterar a suspensão, trocar os pneus e tornar o ESP equipamento de série.

Na época as revistas nacionais mencionaram um outro teste em que o carro havia se equilibrado em duas rodas. E ainda a revista francesa Auto Plus publicou em sua capa um teste onde o carro ficou com apenas uma roda no chão. Recentemente encontrei um video da BBC, de um teste de slalom, mas não consta capotagem. Seria o que se equilibrou em duas rodas:

Novo sedan Mercedes no Brasil? - parte III

A Revista Motor Show liberou no site a reportagem de capa da edição nº 327, que trata das conjecturas em relação à produção de um novo sedan da Mercedes-Benz no Brasil. Não sei se eles permitem reproduzir a reportagem, então leia clicando no link do site deles, aqui. Abaixo, a capa da revista.

Eu prefiro manter o que eu disse aqui e aqui. Só o tempo dirá quem está certo. Independente da Auto Esporte ou a Motor Show acertar, o que valeria muito seria mesmo termos esse carro, independente do nome ou da plataforma, feito no Brasil. Mas ainda torço pela volta da Classe A...
Sobre a fábrica de Juiz de Fora, a última nota na imprensa nacional, pelo que consta, foi da Auto Esporte, que informa que o CLC sai de linha no fim do ano, antes de completar 3 anos, que seria em janeiro de 2011. E lá agora só diz que lá serão feitos utilitários (no caso, caminhões de menor porte), nada mais sobre carros.

Atualizando em 12/07/2010:

Saiu na sexta-feira passada (09/07/2010), no site Motor Dream, um flagra de um site italiano, do novo Mercedes-Benz CLS, que será apresentado em outubro no Salão do Automóvel de Paris. Tirando alguns detalhes, como os faróis, a projeção apresentada pela Motor Show é a mesma, como grade, laterais, etc.. O fato é que o CLS terá por volta de 5 metros e entreeixos proporcional a esse comprimento, e, se o tal CLA, como diz a revista, vai ser do segmento do Civic e Corolla (sedan médio-grande no Brasil), não vejo muita compatibilidade de plataforma. Teria razão a Auto Esporte, que indica a plataforma do futuro Classe B. Mas tem a história dos caminhões a serem feitos em Juiz de Fora, anunciada depois dos rumores iniciais da possível fabricação de novos carros na planta mineira. Continuamos no aguardo.